Técnica de Sutura
Se não forem observadas as técnicas de sutura apropriadas poderá ocorrer a ruptura da prótese, do vaso receptor e/ou das linhas de sutura.
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Utilize uma agulha não cortante, cónica e de pequeno diâmetro para prevenir hemorragias resultantes das perfurações da sutura. Uma agulha cortante de raio completo
pode danifi car a prótese e não deverá ser utilizada.
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Durante a anastomose, a sutura deve colocar-se adequadamente, realizando-se pontos pequenos e iguais e evitando toda a tensão desnecessária na linha de sutura.
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Após a anastomose distal estar completa, a prótese deve ser cheia e irrigada com soro fi siológico heparinizado até que a circulação esteja restabelecida. Tenha cuidado em
não exercer demasiada pressão com a solução, pois poderá causar a possível formação de seromas.
Considerações Especiais
Bypass extra-anatómico: Próteses Axilo-femorais e Femoro-femoral
Ao realizar estes procedimentos, terão de ser utilizadas as seguintes técnicas:
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Prepare e cubra o doente com panos esterilizados, permitindo a completa extensão do braço, da cintura escapular e das pernas para determinar o comprimento adequado
da prótese (ver o Aviso #6 e a subsecção Precauções Cirúrgicas: Cortar). Prepare circumferencialmento o braço para facilitar o seu movimento durante o procedimento de
verifi cação da tensão da prótese e para impedir a dobragem.
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Separe as fi bras do pectoralis major e divida o tendão pectoralis minor para evitar dobrar a prótese. A primeira e segunda porções da artéria axilar devem ser dissecadas e
controladas e deverá ser seleccionada uma área apropriada para realizar a anastomose.
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Após completar a dissecção, deverá fazer o túnel subcutâneo, realizando uma curva até à linha média axilar para evitar a angulação na margem costal, na posição sentada.
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Posicione a anastomose axilar medianamente no primeiro terço da artéria axilar no plano subfascial por baixo do músculo pectoralis major e da fascia oblíqua externa
para ajudar a prevenir rupturas da anastomose. A terceira porção da artéria nunca deverá ser utilizada para a realização de bypass pois o movimento do ombro afecta este
segmento da artéria.
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Anastomose a prótese tão perpendicularmente quanto possível à artéria axilar para minimizar o stress. O ângulo de anastomose deverá ser tão pequeno quanto possível,
não devendo exceder os 25° relativamente à ponta cortada da prótese.
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Evite a hiperabdução prolongada do braço. A hiperabdução prolongada pode provocar lesões do plexo braquial.
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Para fomentar uma cicatrização satisfatória, o doente deve evitar movimentos extremos ou abruptos do braço, ombro ou pernas durante um período pós-operatório de
1,5 a 2 meses. Especifi camente, o doente não deve estender a mão para a frente, levantar os braços acima do nível dos ombros, ou arremessar, forçar, afastar ou torcer os
braços.
Acesso Vascular (Sanguíneo)
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A monitorização do doente é fundamental quando a prótese é utilizada para acesso vascular com a fi nalidade de prevenir lesões graves derivadas de complicações como as
infi ltrações, infecções, tromboses, embolias, etc.
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Para minimizar a hemorragia subcutânea durante a implantação, crie um túnel subcutâneo com o tamanho aproximado do diâmetro da prótese.
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Deve fazer-se a rotação das áreas de canulação para prevenir complicações como a ruptura do material que constitui a prótese e a formação de um hematoma em volta da
prótese ou um pseudoaneurisma.
Procedimentos Invasivos do Pós-operatório
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As próteses de ePTFE LifeSpan não apresentam elasticidade radial. Por isso, ao realizar uma embolectomia utilizando cateteres de balão de angioplastia dentro do lúmen
da prótese, o tamanho do balão insufl ado terá de coincidir com o diâmetro interno da prótese. Demasiada insufl ação do balão ou a utilização de um cateter de dimensões
inadequadas podem danifi car a prótese e/ou o balão.
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Se for necessário realizar uma trombectomia durante o período pósoperatório recente, é recomendada a realização de uma incisão longitudinal com suturas permanentes.
Possíveis Complicações com Próteses Vasculares
O incumprimento das técnicas descritas nos Avisos, Precauções Cirúrgicas e Considerações Especiais pode resultar em:
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Disfunção mecânica ou rompimento da prótese, da linha de sutura ou do vaso receptor.
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Perda extrema de sangue.
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Perda da funcionalidade do membro, do próprio membro ou morte.
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Estenose
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Complicações cardíacas, respiratórias e gastrointestinais perioperatórias
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Insufi ciência renal
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AVC
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Linforreia
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Disfunção de acesso vascular
Além disso, as complicações que ameaçam a vida e que podem ocorrer em conjunto com a utilização de qualquer prótese vascular incluem, mas não estão limitadas a: hemorragia
excessiva derivada das perfurações da sutura; complicações tromboembólicas; infecção; infi ltração ou seroma em volta da prótese; inchaço dos membros; pseudoaneurismas;
hematomas periféricos à prótese; erosão cutânea; síndrome de desvio; hemorragia pré-operatória; fístula aorto-entérica.
As complicações derivadas de reacções individualizadas do doente ao dispositivo implantado, ou a alterações físicas ou químicas nos componentes, podem necessitar de nova operação
e nova colocação (por vezes isto sucede num curto espaço de horas ou dias) do dispositivo protésico. São aconselhados cuidados e acompanhamento médico contínuos para que as
complicações relativas à prótese sejam rapidamente diagnosticadas e solucionadas de modo a minimizar o perigo para o doente.
Esterilidade
A prótese vascular de ePTFE LifeSpan é fornecida estéril e apirogénica se a embalagem não tiver sido anteriormente aberta ou danifi cada. Desde que a integridade da embalagem não
seja afectada, a embalagem serve como barreira efi caz durante um mínimo de 7 anos a partir da data de esterilização. A prótese é apresentada em tabuleiros de plástico duplos para
facilitar o manuseamento e o transporte para o campo estéril durante a cirurgia. Após a abertura do tabuleiro exterior, o tabuleiro interior pode ser colocado directamente no campo
estéril.
Para abrir, segure pela base o tabuleiro exterior, retire a cobertura de modo a que o tabuleiro interior possa ser segurado pela borda selada. Começando por um canto, retire a
cobertura do tabuleiro interior e, cuidadosamente, retire também a prótese. Utilize luvas limpas ou instrumentos atraumáticos no manuseamento da prótese.
Reesterilização/Reutilização
Este dispositivo destina-se a uma única utilização. Não reutilize, reprocesse ou reesterilize. Não é possível garantir a limpeza e esterilidade do dispositivo reprocessado. A reutilização do
dispositivo pode conduzir à contaminação cruzada, infecção ou morte do paciente. As características de desempenho do dispositivo podem ficar comprometidas devido ao reprocessamento
ou reesterilização, uma vez que o dispositivo foi concebido e testado exclusivamente para uma única utilização. O prazo de validade do dispositivo baseia-se numa única utilização. Se, por
qualquer razão, o dispositivo tiver de ser devolvido à LeMaitre Vascular, coloque-o na respetiva embalagem original e devolva-o para o endereço indicado na caixa.
Armazenamento
Para minimizar o risco de contaminação e fornecer a máxima protecção, a prótese que se encontra dentro do invólucro exterior, deverá ser guardada na caixa de cartão exterior, num
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